terça-feira, 11 de maio de 2010

Ir a Roma e não ver o Papa...


Hoje, com a chegada do Papa a Portugal, lembro a viagem a Roma no ano passado.

Sobre a cidade e a minha apreciação da mesma falarei em outro post. Neste momento apetece-me falar e recordar um dos dias, durante a viagem, que tirámos para conhecer o Vaticano.

Não sou católica, apesar de ter sido baptizada em criança (muito criança que só queria uma festa, tal não era a minha noção sobre o assunto), e questiono todos os ensinamentos desta religião assim como a instituição que é a igreja.
No entanto, gosto de conhecer, ver, ler sobre o assunto. Tudo o que me proporcione conhecimento para mim é interessante, posso não concordar mas quero conhecer e acima de tudo respeito tal como espero ser respeitada pelas minhas opiniões.

Uma vez em Roma, bem cedo lá seguimos direito ao Vaticano. A pé do hotel á estação Termini, de autocarro directo para o Vaticano, chegamos bem cedo e já haviam centenas de pessoas por lá, fila para entrar na Basílica de São Pedro, mais rápido do que eu pensava e entrámos.

Não sei explicar a sensação que tive, fiquei arrepiada, chocada, emocionada por tanta riqueza, arte e beleza. Não dei por o tempo passar, sei que andava em passos muito curtos e demorados, estava boquiaberta com tamanha riqueza. Confesso que naquele momento tive pena de não ser católica...

Ir a Roma e não ver o Papa, para mim era igual ao litro, mas para o meu H já não era bem assim. Quarta-feira e desde que sua santidade esteja na cidade, é celebrada uma audiência Papal no magnifico salão Paulo VI ao lado da Basílica de São Pedro, então lá fomos com o bilhete nº 3700. A sala é enorme e realmente estava uma pequena multidão para assistir á audiência.
Á hora marcada chega o Papa Bento XVI, banda a tocar, pessoas a gritar e a bater palmas, enquanto isso e durante todo o tempo (aproximadamente 2 horas de audiência) a senhora sentada ao meu lado dormia super descansada, se calhar esgotada pelo itinerário e velocidade imposta pelo guia turístico que acompanhava o grupo onde estava.

Vi e ouvi o Papa que considero ser um homem de uma inteligência e cultura invulgares. Falou várias linguas, leu muitos textos, abençoou todos os presentes. Eu saí de lá igual, foi mais uma experiência, uma vivência.

Visitámos os Museus do Vaticano e passámos o resto da tarde ao sol na praça de São Pedro, após ver tanta riqueza, beleza, história e acontecimentos, sentei-me a “arrumar a casinha das ideias”. Confusa com tanta riqueza e desconfiada da podridão que penso existir na vida das pessoas que vivem no Vaticano rodeadas por tudo o que significa a religião católica sendo isso bom ou mau.

Apreciação: confuso e controverso.

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